sábado, 17 de abril de 2010

Não é à toa que me formei em Turismo e tive uma agência de turismo ambiental.

Está certo, me formei pela UNIP em 1995. Mas era umas das primeiras faculdades que forneciam o curso.
A professora de Direito Ambiental Dra. .... (me falta o nome) foi uma mãe para todos nós. Naquela época não muitos estavam fazendo o curso buscavam seriedade, tanto que ao termino do curso haviam 15 alunos de uma classe inicial de 123 alunos ou mais.

Eu fui um fã desta senhora. Foi o primeiro contato que tive com Direito desde a morte de meu pai. Meu pensamento era buscar o Direito na sua excelência, conhecer aquele velhinho que tanto se dedicou ao Direito do Trabalho, e hoje estudando Direito entendo menos a vocação do cara.

Nas provas que faço sobre a matéria ainda busco a questão filosófica. É na filosofia que vive a perfeita congruência entre o certo e o Direito.

As Leis, artigos e incisos significam pouco para um sonhador. Os sonhadores formaram o que hoje se diz Lei e construíram a Democracia.

Não estou tentando explicar algo, mas somente o diálogo que não existe entre aluno e professor nesta Universidade, na forma que eu acreditava existir diante uma matéria tão humana como eu vejo o Direito.

Nada é para sempre. Hoje é o que amanhã será outra coisa.

Minha avó casou-se aos 12 anos de idade. Hoje seria estupro, ou algo penal. Não somente para meu avô, mas para o pai dela também. Quem sabe à ela?

Minha família perdura em três gerações por três séculos.

Meu avô nasceu em 1884, meu pai em 1914 e eu, em 1962. Estamos nos anos 2000.

Voce não imagina o que é ter as três gerações em um só ser. E este ser, ser extremamente conservador no que tange à cultura.

Meu avô materno matava sem dó, qualquer animal que o incomodasse. Bípede ou quadrúpede. Humano ou ... animal (?).

Acima voce vê a minha hesitação.

Como vou concordar que o HOMEM seja o “produto final” das leis que protegem os animais?

Como posso acreditar que os animais existem somente para a sobrevivência e manutenção dos homens, nos termos quais, sem eles morremos?


Sem nós eles sobrevivem. Sadios.

Discordo de tudo que é ditoem nossas Leis. Olhando, lendo estudando as mesmas fico muito triste.

Hoje, como estudante, como bacharelando, resta acordar. Pelos princípios desta Universidade só resta acompanhar o voto.

Ao me matricular nesta Faculdade, na UNIP, a que serve ao curioso, ao desejante de saber sobre o que é possível e aonde agir positivamente, me deprimo.

Não foi o que encontrei.

Encontrei um lugar opressivo. Tal qual era em idos anos. Nada se cria, nada do que voce sabe será aproveitado. Esqueça tudo. “Clockwork Orange”.

Sou antigo.

Acreditava saber algo.

Hoje?

Hoje fico besta, estou besta.

Cheguei nesta faculdade com algo de conteúdo. Meu português era melhor.